O governo de São Paulo e a Sabesp colocaram a Grande São Paulo no maior risco de abastecimento de água da história. Se até outubro não voltarem as chuvas, o quadro será trágico. Esta foi a conclusão de três especialistas reunidos no programa Brasilianas.org – Paulo Canedo, da COPPE (Universidade Federal do Rio de Janeiro), Mateus Simonato e Benedito Braga, Presidente do Conselho Mundial de Água, a mais importante instituições mundial do setor. De maio a dezembro de 2013 o nível do reservatório despencou 25 pontos percentuais - de 64% para 30% - ou seja, perdeu 53% de sua capacidade.
Foi uma queda alarmante. Mas não se adotou nenhuma medida preventiva e em abril, com o nível da represa abaixo de 20%, o governador Geraldo Alckmin ainda insistia em não adotar providências. Agora, a Sabesp vai retirar o chamado volume morto da represa. Trata-se de água mais profunda, que fica no fundo dos reservatórios. Com o uso do volume morto, tem-se água até outubro. Se as chuvas não melhorarem, não haverá como fugir de um racionamento bravo. E as melhores previsões climáticas não avançam além do horizonte de três dias.