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Assunto: Joana D'arc Seg Fev 17, 2014 6:39 pm
Joana D'arc
Biografia
A história da vida desta heroína francesa é marcada por fatos trágicos. Quando era criança, presenciou o assassinato de membros de sua família por soldados ingleses que invadiram a vila em que morava. Com 13 anos de idade, começou a ter visões e receber mensagens, que ela dizia ser dos santos Miguel, Catarina e Margarida. Nestas mensagens, ela era orientada a entrar para o exército francês e ajudar seu reino na guerra contra a Inglaterra. Motivada pelas mensagens, cortou o cabelo bem curto, vestiu-se de homem e começou a fazer treinamentos militares. Foi aceita no exército francês, chegando a comandar tropas. Suas vitórias importantes e o reconhecimento que ganhou do rei Carlos VII despertaram a inveja em outros líderes militares da França. Estes começaram a conspirar e diminuíram o apoio de Joana D’arc. Em 1430, durante uma batalha em Paris, foi ferida e capturada pelos borgonheses que a venderam para os ingleses. Foi acusada de praticar feitiçaria, em função de suas visões, e condenada a morte na fogueira. Foi queimada viva na cidade de Rouen, no ano de 1431
História e Guerra
Acredite se quiser. Vivendo em um pequeno vilarejo, pastora religiosa, pobre e virgem ouve vozes de santos dizendo que ela tem uma missão divina: libertar a França de uma guerra que já durava quase um século. Ela convence um nobre a levá-la à presença do rei, a quem revela sua missão numa conversa a sós e ganha dele um exército de 7 mil homens. Depois de muitas vitórias e algumas derrotas, é capturada pelo inimigo, acusada de bruxaria e queimada viva. Sua morte a transforma em mártir, séculos depois ela vira santa e uma das padroeiras de seu país. Se essa história convenceu você, saiba que não está sozinho. Nos últimos 500 anos, é essa a versão oficial contada aos franceses sobre Joana d'Arc, a Pucelle, ou Donzela, que ajudou a libertar seu país da terrível Guerra dos Cem Anos, contra a Inglaterra. Estudos recentes, em número cada vez maior, vêm desacreditando o mito que transformou Joana em libertadora durante a vida e em símbolo nacional a partir do século 19. O cenário da Guerra dos Cem Anos é a França, mas as origens do conflito são como uma mão invertida. Em 1066, Guilherme 1º, duque da Normandia, conquistou a Inglaterra. Criou-se ali uma situação curiosa: ainda que Guilherme fosse um rei inglês, era um vassalo do rei da França, na condição de duque da Normandia. Em 1154, seu sucessor, Henri 2º, casou-se com Aliénor de Aquitânia, o que lhe garantia a metade do atual território francês. A situação permaneceu estranha, mas sob controle, até 1328, quando o rei da França, Carlos 4º, morreu sem deixar herdeiro. Eduardo 3º, da Inglaterra, sobrinho de Carlos, postulou o reino. O conde de Valois, neto de Felipe 3º, antigo rei francês, também reivindicou o trono. Uma assembleia convocada para resolver a questão ficou do lado de Valois. Eduardo aceitou a decisão, até Valois iniciar manobras para retirar parte de seu território. A guerra começou em 1337 e só terminou em 1453, com a vitória francesa. Os ingleses, que tinham como aliado o ducado de Borgonha, ficaram com uma pequena faixa ao redor de Calais, que mantiveram até 1558 O rosto da heroína
A santa
Joana foi canonizada por milagres realizados no século 19 e não pelos feitos militares ou por ouvir vozes divinas
Símbolo nacional
Cartões-postais são uma obssessão francesa. Muitos usaram Joana como símbolo de alento para os soldados no século 20, durante a 1ª e a 2ª Guerra.