A dúvida sobre a relação entre felicidade e prazer é tão antiga quanto a própria Filosofia. As propostas que entendem o prazer como fonte da felicidade são chamadas comumente de hedonismo. O filósofo Aristipo, por exemplo, defendia que o objetivo da vida era o prazer, e que a felicidade era o conjunto destes prazeres no passado, presente e futuro. Mesmo os defensores do ideal hedonista, no entanto, reconheciam certa necessidade de moderação, enxergando os excessos como imprudência.
Filósofos como Platão e Aristóteles opunham-se ao hedonismo, duvidando que os prazeres fossem capazes de oferecer felicidade, já que eram raros e passageiros. Vinculavam-se, então, à ideia de que a felicidade é encontrada, sobretudo, no desenvolvimento pleno das capacidades de cada indivíduo. Este desenvolvimento poderia ser alcançado pelo exercício das virtudes - qualidades desejáveis tais como a coragem (fazer o que é correto, apesar dos perigos), a liberalidade (dar a outros o que lhes pode ser de ajuda) e a justiça (a disposição de tratar os outros imparcialmente). Esta condição de auto-realização pessoal era chamada de Eudaimonia.
Outras escolas do pensamento grego privilegiavam a ausência ou o controle das emoções como ideal de vida. Os maiores representantes deste pensamento são os chamados Estóicos. O ideal de vida estóico, neste sentido, é a vida do sábio, o indivíduo que encontra a felicidade em si mesmo e, por isso, não tem necessidade de outras coisas.
Finalmente, já na Idade Moderna, pensadores como Jeremy Bentham e John Stuart-Mill propõem que a felicidade depende em grande parte de circunstâncias objetivas e externas ao indivíduo. Portanto, ela deve ser buscada e construída por todo o grupo social. Este paradigma, conhecido como Utilitarismo, acredita que a melhor ação é aquela que produz a maior felicidade possível, para o maior número de pessoas simultaneamente.