Matérias como português, matemática, história, física, química, entre outras, são ensinadas tradicionalmente nas escolas brasileiras. O que não ocorre com o estudo da filosofia, que na época do regime militar, foi proibida nas salas de aula. “O regime militar proibiu o ensino da filosofia, porque ela levantava problemas, questionava a realidade. Dessa forma, qualquer tipo de regime totalitarista persegue quem questiona algo”, conta o filósofo e mestre em filosofia, Karl Heinz.
O estudo da filosofia voltou a ser obrigatório nas escolas brasileiras, inclusive, vestibulares de grandes universidades estão cobrando assuntos da área. De acordo com Heinz, o estudo da filosofia é importante para que a sociedade entenda a realidade de outra forma. “É um pensar crítico sobre o mundo e a realidade. As coisas não são como são. Devemos saber como as coisas são na sua profundidade, e vermos os interesses que existem por traz delas”, explica.
O filósofo também afirma que quando as pessoas estudam a filosofia, elas podem reconstruir conceitos de mundo. “Você reconstrói a realidade e faz um levantamento crítico. Os jovens passam a pensar e conhecer a si mesmo, e aprendem a conhecer as outras pessoas”, acredita Heinz.
Como as escolas devem trabalhar a filosofia
Para Heinz, o ensino da filosofia nas escolas deve ser realizado somente por professores de filosofia. “É obrigatório ter professores de filofia nas escolas. Não adianta colocar profissionais de outras áreas. Só se aprende filosofia, filosofando”, declarou.
Outro pensamento de Heinz é que a filosofia deveria ser trabalhada naturalmente, sem ornigação. “O ideal é que houvesse nas escolas uma prática filosófica por natureza. O problema é que as escolas preparam os alunos para o mercado, principalmente para o vestibular”, critica.
O filósofo também defini como devem ser as aulas. “A aula de filosofia tem que ser um espaço de criação. Aprender a filosofia é saber dialogar e debater o mundo, através da criação de novos pensamentos”, reflete Heinz.