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 A Filosofia de Voltaire

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Alessa Silveira




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MensagemAssunto: A Filosofia de Voltaire   A Filosofia de Voltaire I_icon_minitimeSex maio 16, 2014 6:11 pm

Filosofia de Voltaire

Voltaire foi um pensador que se opôs à intolerância religiosa3 e à intolerância de opinião existentes na Europa no período em que viveu. Suas ideias revolucionárias acabaram por fazer com que fosse exilado de seu país de origem, a França.Conjunto de ideias de Voltaire constitui uma tendência de pensamento conhecida como Liberalismo. Exprime na maioria dos seus textos a preocupação da defesa da liberdade, sobretudo do pensar, criticando a censura e a escolástica, como observamos na seguinte frase, escrita por Evelyn Beatrice Hall como tentativa de descrever o espírito de Voltaire: "Não concordo com nem uma das palavras que me diz, mas lutarei até com minha vida se preciso for, para que tenhas o direito de dizê-las".

Destaca-se que Voltaire, em sua vida, também foi "conselheiro" de alguns reis, como é o caso de Frederico II, o grande, da Prússia, um déspota esclarecido.

Voltaire é um dos grandes nomes do Iluminismo e seus escritos se caracterizam pela ironia, vivacidade e polêmica, especialmente contra as injustiças e a superstição. É um filósofo deísta, ou seja, admite a existência de Deus, mas nega a qualquer igreja o direito de ser o seu representante. Defende o que ele chama de religião natural e vê Deus como um ser distante do mundo, responsável somente pela sua criação e que não interfere na história dos homens. Além disso, é considerado como cético, laico e anticlerical.
Em seu pensamento político Voltaire não acreditava que as nações de sua época estivessem prontas para se tornarem democráticas e também não defendia a república, pois pensava que o povo não estava pronto para assumir esses dois modos de governo. Não via com bons olhos a oligarquia e defendia uma monarquia absoluta esclarecida.

Em algumas de suas obras defende a liberdade política e critica a intolerância religiosa, tendo por mote a igualdade, justiça e tolerância. Foi contra a tortura, a pena de morte, a vivisseção e a crueldade imposta aos animais de criação, tinha ainda simpatia pelo vegetarianismo. Os homens selvagens são livres e os civilizados tem que ser tratados com igualdade pela lei, pois muitas vezes são escravos da guerra e da injustiça. Economicamente defende os primórdios do pensamento liberal.

Em suas viagens pela Holanda e Inglaterra ficou admirado com a tolerância religiosa, a liberdade de expressão de novas ideias políticas, científicas e filosóficas difundida nesses países. Se impressiona também com as novas descobertas científicas de Newton e o empirismo de Locke. Desses dois autores ele tira sua defesa da pesquisa científica baseada na experimentação e na busca de leis comuns que explicassem os mais diversos fenômenos naturais. Seguidor do empirismo, Voltaire defende a pesquisa científica sem a obediência e a dependência das verdades religiosas.
Voltaire acredita na existência de Deus e diz que se existe um relógio é porque existe também um relojoeiro, ou seja, a prova da existência de Deus está na organização e na disposição do universo, se existe uma obra é porque existe o artesão, o idealizador e construtor dessa obra, esse artesão é Deus, criador desse universo. Segundo ele, se Deus não existisse teríamos que inventá-lo, pois toda natureza grita que ele existe. O Deus de Voltaire é o grande arquiteto dessa máquina de funcionamento perfeito que é o universo. O Deus de Voltaire não divide as pessoas nem é a causa da intolerância, é um Deus universal, da mesma forma que a razão é comum a todos os homens. Crer em Deus é acreditar em algo evidente, mas a evidência da existência de Deus é possibilitada pela razão e não pela fé. Deus fez o universo, mas não intervêm mais nele, e, portanto o homem é um ser livre.

O filósofo critica os textos bíblicos e coloca em dúvida a sua fundamentação histórica e a legitimidade moral de boa parte deles.
Foram grandes as críticas de Voltaire à Igreja Católica que ele considera infame, supersticiosa, ridícula, absurda, suja de sangue e responsável pelo fanatismo e pela intolerância religiosa. Em substituição à Igreja Católica ele defende uma religião natural baseada em uma moral natural, tolerante e que busca unir os homens espiritualmente respeitando as diferenças culturais.
Por outro lado Voltaire é também contrário ao materialismo, ao espiritualismo e ao ateísmo. Considera esse último destruidor das virtudes humanas, diz que para uma sociedade é melhor ter uma religião falsa do que não ter nenhuma. Critica ainda o Islã, também pelo seu fanatismo.
Para ele a filosofia é o espírito crítico que vai contrapor a tradição para poder diferenciar o que verdadeiro do que é falso.
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