Carlos Magno, foi o rei dos francos entre 768 e imperador do ocidente (Imperatur Romanorum) entre 800 até a sua morte em 814. Ele expandiu o Reino Franco até que ele se tornasse o Império Carolíngio, que incorporou a maior parte da Europa Ocidental e Central. Durante o seu reinado, ele conquistou o Reino da Itália e foi coroado Imperator Augustus pelo papa Leão III em 25 de dezembro de 800.
O seu reinado também está associado com a chamada Renascença carolíngia, um renascimento das artes, religião e cultura por meio da Igreja Católica. Por meio das suas conquistas no estrangeiro e de suas reformas internas, Carlos Magno ajudou a definir a Europa Ocidental e a Idade Média na Europa. Ele é chamado de Carlos I nas listas reais da Alemanha, do Sacro Império Romano-Germânico e na França.
Ele era filho do rei Pepino, o Breve e de Berta de Laon, uma rainha franca, tendo sucedido ao pai em 768. Carlos reinou primeiro em conjunto com seu irmão Carlomano, sendo a relação entre os dois o tema de um caloroso debate entre os cronistas contemporâneos e os historiadores.
Porém, o conflito foi evitado pela morte prematura de Carlomano em 771, em circunstâncias inexplicadas. Carlos continuou com a política de seu pai em relação ao papado, tornando-se o seu protetor: ele removeu os lombardos do poder na Itália e liderou uma incursão militar na Espanha muçulmana convidado pelo governador muçulmano de Barcelona. A ele também foram prometidas várias cidades na península Ibérica em retorno por sua ajuda militar ao governador, um trato que seria posteriormente desfeito.
Posteriormente, o exército de Carlos, em retirada, sofreu a sua pior derrota nas mãos dos bascos na Batalha de Roncesvalles (778) (eternizada Canção de Rolando, de teor fortemente fictício). Ele também realizou campanhas contra os povos a leste, principalmente os saxões e, após uma longa guerra, subjugou-os ao seu comando. Ao cristianizar à força os saxões e banindo, sob pena de morte, o paganismo germânico, ele os integrou ao seu reino e pavimentou o caminho que levaria à futura dinastia Otoniana.
As monarquias francesa e alemã descendentes do império governado por Carlos Magno na forma do Sacro Império Romano-Germânico cobriam a maior parte da Europa. Em seu discurso de aceitação do Prêmio Carlos Magno, o papa João Paulo II se referiu a ele como Pater Europae ("Pai da Europa") : "...seu império uniu a maior parte da Europa Ocidental pela primeira vez desde os romanos e a Renascença carolíngia encorajou a formação de uma identidade europeia comum" .