Autora explica por que introvertidos estão desbancando barulhentos como líderes no mundo do trabalho.
Participar de dinâmicas em grupo e trabalhar constantemente em equipe pode ser um sofrimento aos introvertidos, indivíduos que têm o silêncio como a mais produtiva fonte de energia e criatividade. Essa personalidade, porém, vai contra o que muitos gestores e formadores de opinião consideram “um perfil de liderança”.
“Precisamos aprender o poder do silêncio. Ele vale ouro na era dos smartphones e das constantes interrupções”, disse a autora em entrevista ao Delas.
Para Jennifer, as pessoas extrovertidas e “barulhentas” devem adotar a postura dos quietos em vez de pressioná-los a falarem mais e expressarem melhor os pensamentos.
“Quem fala alto e grita sua ideia é o perfeito estereótipo de líder, mas quase sempre a ideia ‘mais gritada’ não é a melhor”, explicou a pesquisadora. Ela garante ainda que a velha lei ‘ouvir mais e falar menos’ pode ser a solução para alcançar êxito na vida pessoal e profissional.
O segredo para uma vida equilibrada, segundo a autora, é escolher qual lado irá ganhar durante um momento-chave. Durante um atrito no trabalho, por exemplo, bastaria respirar profundamente para acionar o silêncio e encontrar a melhor forma para responder ao outro.
Jennifer acredita que há quatro fortes tendências no mercado e elas apontam que é a vez dos influenciadores silenciosos. São elas: as organizações estão cada vez mais enxutas, o que cobraria mais eficiência nas complexas relações com fornecedores; tornar-se global, a necessidade de influenciar um grupo diversificado; o mundo virtual, onde as mídias sociais determinam a própria comunicação, e o aumento da concorrência, autopromoção e persuasão “no grito” não fazem diferença quando o foco deveria estar no desenvolvimento dos outros. Para os quietos, as notícias são boas.