A arte medieval, sendo uma derivação direta da arte romana, inicia com a arte paleocristã, após a oficialização do cristianismo como religião do Império Romano. Trabalharam as formas clássicas para interpretar a nova doutrina religiosa. Porém, logo o estilo clássico se pulverizou em uma multiplicidade de escolas regionais, com o aparecimento de formas mais esquemáticas e simplificadas. Na arquitetura destacou-se como o tipo basílica, enquanto que na escultura os sarcófagos assumiram papel destacado, bem como os mosaicos e as pinturas das catacumbas. A etapa seguinte constituiu a chamada arte bizantina, incorporando influências orientais e gregas, e tendo no ícone e nos mosaicos seus gêneros principais. A arte românica seguiu-lhe paralelamente, recebendo a influência de povos bárbaros como os germânicos, celtas e godos. Foi o primeiro estilo de arte internacional depois da queda do Império Romano. Eminentemente religiosa, a maioria da arte românica visa a exaltação e difusão do cristianismo. A arquitetura enfatiza o uso de abóbadas e arcos, começando a construção de grandes catedrais, que continuará durante o gótico. A escultura se desenvolveu principalmente no âmbito arquitetônico, com formas esquematizadas. A arte gótica se desenvolveu entre os séculos XII e XVI, sendo um momento de florescimento econômico e cultural. A arquitetura foi profundamente alterada a partir da introdução do arco ogival e do arcobotante, nascendo formas mais leves e mais dinâmicas, que possibilitaram a construção de edifícios mais altos e com aberturas maiores, tipificados na catedral gótica. A escultura continua principalmente enquadrada na obra arquitetônica, mas começou a desenvolver-se de forma autônoma, com formas mais realistas e elegantes inspirados pela natureza e, em parte, numa recuperação de influências clássicas. Aparecem grandes retábulos escultóricos e a pintura desenvolve técnicas inovadoras como o óleo e a têmpera, criando-se obras de grande detalhamento.