Segundo o site America Economia, as ações do Grupo Clarín tiveram alta de 40% nas últimas horas. O grupo, que publica o principal jornal do país, vem travando uma disputa judicial com o governo argentino.
Outro site, o Infobae, informou que o risco-país da Argentina, medido pelo banco JP Morgan, caiu ao menor nível desde antes da crise entre o governo de Cristina Kirchner e os produtores rurais, em 2008.
Na quarta-feira, o jornal El Cronista, de Buenos Aires, informou logo após a morte do ex-presidente que ações e bônus do país foram valorizados em até 50%.
Risco-país
"O risco-país cai porque tudo indica que a Argentina passaria (após a morte de Kirchner), com o tempo, a ter um governo com relação mais amistosa com os mercados e a comunidade de negócios", diz o economista Miguel Kiguel, ex-secretário de Finanças do país.
"O otimismo reflete, principalmente, um panorama melhor, a partir da posse do novo governo, no fim do ano que vem. Os temores de uma radicalização com um terceiro mandato 'Kirchnerista' se dissiparam", afirmou.
Néstor Kirchner era cotado para ser candidato à sucessão da esposa, a atual presidente Cristina Kirchner, cujo mandato termina em 2011.
Nos quatro anos de governo do ex-presidente (2003-2007) e em três dos quatro anos de Cristina (2008-2011), a Argentina teve grande crescimento econômico e quitou sua dívida com o FMI. Estima-se que o Produto Interno (PIB) tenha se expandido acima dos 40% e que as reservas do Banco Central tenham triplicado.