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 "O Homem é o Lobo do Próprio Homem"

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Larissa Lourdes




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Data de inscrição : 14/02/2013

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MensagemAssunto: "O Homem é o Lobo do Próprio Homem"   "O Homem é o Lobo do Próprio Homem" I_icon_minitimeSex maio 16, 2014 6:40 pm

No direito de natureza o homem faz o que lhe convém, ele age como se estivesse sozinho ou como diz Hobbes, em solidão. Diferentemente, a lei de natureza é referente ao homem relacionado a outro homem, é o que estabelece regras para a vida em sociedade. O direito natural é um direito que todos nós temos de fazer ou deixar de fazer o que bem quisermos, direito este que não possui regras pré-existentes que o possam restringir. O homem, desta forma, tem direito sobre todas as coisas, até sobre os corpos de outros homens, como por ele citado. Ele mesmo chama a este direito natural de liberdade na segunda linha do primeiro parágrafo do capítulo XIV e, mais embaixo, ele completa afirmando que liberdade é a ausência de impedimentos externos, ou seja, em outras palavras no direito natural do ser humano não há, portanto, impedimentos externos, bem como não pode haver segurança enquanto perdurar este direito.

Por essa razão entende-se que Hobbes afirma que não há na natureza regras morais, há, na verdade, uma ausência de regras que só são estabelecidas a partir do momento que o homem se organiza socialmente e que, através de um poder coercitivo, estabelece mecanismos que possam postular regras de conduta na sociedade. É neste expediente que justificaremos sua conceituação sobre a lei de natureza.

Sem o uso da lei, Hobbes afirma que estaremos vivendo uma guerra de todos contra todos, o que ele, inclusive, comenta no final do capítulo XIII de que o hábito que temos de nos proteger já constitui uma atitude de guerra, ou seja, a proteção já é, por si só, uma atitude de guerra, mas, como dito por ele ainda no mesmo parágrafo, a atitude de guerra que nos leva à proteção não traz a miséria que acompanha a guerra por liberdade (guerra de todos contra todos). Sendo assim, sem poder estaremos vivendo como selvagens e será somente através da transferência de nosso direito em favor de um governante que poderemos beneficiar toda a sociedade.

Devido ao egoísmo, todos os homens lutam contra todos, ou – conforme a máxima que Hobbes extraiu de Plauto – “o homem é o lobo do homem”. Essa citação indica a ideia de que, na natureza, os seres humanos estão sempre em guerra com eles mesmos. No entanto, se os homens vivem em guerra constante, cada um sobrevive com risco de perder a própria vida.

Para Hobbes, a guerra de todos contra todos, além de pôr em risco o bem primário da vida, destrói tudo o que o homem constrói. A solução dada pelo filósofo consiste no uso de alguns instintos, para evitar a guerra, e da razão, como instrumento para realizar a vida. Pelo uso da razão, é possível descobrir as leis gerais para proteger a vida, a chamada Lei da Natureza.
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